Entrevista com Ricardo Coimbra, cartunista

Entrevista por Philippe Campos

“O progressista ganha ponto com outros progressistas que pensam como ele e, ao mesmo tempo, joga no colo do humorista outras pessoas que também se divertem vendo gente que gosta de dar sermão perdendo a linha. A verdade é que a esquerda, que em tese deveria ser mais afeita à esculhambação, perdeu totalmente a capacidade de lidar com o humor.”


Philippe Campos: Como você aprendeu a fazer tirinhas? De onde você tirou essa ideia?

Ricardo Coimbra: Eu não sei te dizer se eu aprendi mesmo a fazer tirinha. Ou se tem um jeito certo de fazer tirinha. O que rolou comigo acho que foi coisa de moleque que leu muito gibi. Eu fiz o caminho de muita gente da minha geração: sempre li muito super-herói na infância, turma da Mônica, via muito desenho animado também. E também gostava de desenhar. Ficava procurando a seção de tirinhas nos jornais, as charges políticas nas revistas, mesmo sem entender nada, só pra ver o desenho. Consumia tudo isso ao mesmo tempo, tudo misturado, charge política, Tio Patinhas, Tom&Jerry. E consumia com muita fome. Porque na era pré-internet não rolava essa fartura de informação que rola hoje e tudo que caía na mão da gente, era uma alegria. E eu ainda vivia no interior, o que fazia com que uma revista nova fosse um verdadeiro acontecimento. No começo da adolescência, com uns 12 anos, conheci Chiclete com Banana, Piratas do Tietê, Circo e pirei. Ali eu comecei a pensar que talvez quisesse fazer aquilo e comecei a fazer minhas primeiras tirinhas. Depois, fiz Jornalismo e, no meio da faculdade, comecei a fazer zine, desenhar em jornal de diretório acadêmico, essas coisas. Aí veio a época dos blogs de tirinhas, conheci o trabalho do Allan Sieber, do Arnaldo Branco e do André Dahmer e, quando decidi fazer o meu, acho que queria fazer como eles. Então, a resposta curta pra sua pergunta sobre como aprendi a fazer tirinha seria: copiando muita gente.

coimbra IV

Philippe Campos: Quem você mais copia ou copiou?

Ricardo Coimbra: Todos esses aí eu copiei muito: Laerte, Angeli, Glauco, Adão, Allan Sieber, Arnaldo Branco, André Dahmer. O que não quer dizer que tenha conseguido repetir o êxito deles. Na verdade, como diz o próprio Arnaldo, talvez seja até essa incapacidade de copiar direito é que ajude a disfarçar o plágio.

Philippe Campos: Você falou da possibilidade de acesso hoje, com a internet, que é muito maior que na tua época. Isso limita a possibilidade de fazer grana com as tirinhas, por conta da redução do consumo impress. Em 2014 você lançou um compilado das tuas tirinhas, o “Vida de Prástico”. A pergunta é se você já é um cartunista profissional, se seu trabalho se resume a isso?

Ricardo Coimbra: Eu cheguei àquele ponto em que não desenho mais de graça mas também não chego a me sustentar com isso. Além dos quadrinhos, eventualmente faço ilustração editorial ou pra algum livro e trabalho como redator. Também tenho minha loja virtual onde vendo impressões, originais e canecas.

Philippe Campos: Todos os autores de tirinhas parecem ter um certo estilo, pra citar alguns, por alto, tem o Joan Cornella, o Laerte, a Alexandra Moraes. O negócio é que por vezes a gente vê as tirinhas e gosta muito mas parece que nem sempre a gente consegue articular o porquê de termos gostado. O ponto é, você suspeita do motivo pelo qual alguém pode gostar das tuas tirinhas? Ou num sentido mais particular você ideia do que faz ou é algo mais espontâneo?

Ricardo Coimbra: Eu sou muito cético e tendo a achar que as pessoas (eu incluído, obviamente) sempre gostam das coisas pelos motivos errados. E não só porque elas podem interpretar as coisas de forma equivocada, mas também porque, muitas vezes, eu falho como autor na hora de propor a ideia. É claro que acontece de eu fazer um quadrinho que eu mesmo acho bom e que sinto que as pessoas entenderam como eu queria que elas entendessem, mas essa coincidência é muito rara. E também é meio ditatorial da minha parte desejar isso, como se eu pudesse controlar o que as pessoas vão achar. Sem contar que é uma vaidade bem ridícula. Então, procuro não pensar muito nisso pra não ficar maluco. Por mais clichê que pareça, o que eu tento fazer é criar uma coisa que eu mesmo curta, o que não significa que eu tenha controle. E isso leva à segunda parte da sua pergunta: tenho ideia do que eu faço até um certo ponto, mas, no fim, acabo sendo conduzido por um itinerário natural que é da própria tira, que é o que eu acho que a tira pede. Porque, depois de um certo tempo fazendo a mesma coisa, você adquire alguns cacoetes (alguns chamam de estilo). E, nesse ponto não sei te dizer se isso significa mais espontaneidade ou mais engessamento.

Philippe Campos: Pode dar uma esboçada sobre o que você faz, ou ir até esse “certo ponto” do qual você tem ideia?

Ricardo Coimbra: Eu dou o pontapé inicial. Eu decido sobre o que vou falar, com que abordagem vou falar, como será o traço. No entanto, enquanto estou fazendo, continuo pensando sobre o que eu estou fazendo e aí novas portas vão se abrindo enquanto outras vão se fechando. É meio que um jogo em que você cria as regras e, à medida que vai jogando, descobre novos caminhos e, às vezes, você decide seguir aquele novo caminho. Mas não estava lá no começo, quando você imaginou a ideia. Apareceu lá pela natureza própria daquela estrutura que você escolheu pra trabalhar. E alguns desses caminhos você passa a conhecer e se apropria deles, embora você não tenha planejado trabalhar com eles. Eu acho que, conforme a criação vai ficando mais metódica, você fica com a percepção mais calibrada, aumenta a sua capacidade de detectar e assimilar essas imprevisibilidades interessantes da estrutura. É claro que tem aquelas ideias que surgem prontas na sua cabeça e você sente que não precisa mexer em nada. Do jeito que veio você desenha e está pronta. Mas pra mim isso é um evento extremamente raro e, respondendo à sua pergunta, bastante imprevisível.

Philippe Campos: Recentemente a Escolinha do Professor Raimundo foi relançada e vi algumas pessoas na borda dos 50 anos dizendo que tava ótima. Me parece que o humor da escolinha parece ser um humor mais antigo, visto as pessoas que conheço, que assistem, serem mais velhas. Outro ponto é que tem pessoas que não entenderiam seu humor, “um designer que é ativista social” (como em alguma tirinha tua) é uma parada que pertence a um lugar do espaço social. O que você tem a dizer sobre um possível recorte no espaço e no tempo que torna o humor entendível? E, a quem (se é que tem alguém) é endereçado o que você desenha?

Ricardo Coimbra: Eu sinto que os recortes sociais respondem a uma divisão que tem muito a ver com consumo. É a natureza da nossa época. São perfis de consumo. A Escolinha, que você citou, é um produto com uma característica mercadológica muito clara, é feito com base em pesquisa de mercado, é humor pensado como bem de consumo, precisa atender às expectativas de um público-alvo específico, gerar audiência. Tem muito limites aí que não estão no controle da criação artística. Sem contar o óbvio: é um remake na TV aberta, o alvo são as pessoas que têm saudade da antiga escolinha, portanto pessoas mais velhas. Já no caso das minhas tiras, a dinâmica é outra. Não tenho compromisso comercial ou institucional. Meu compromisso é autoral. Eu não preciso criar piada sob encomenda. Faço o que eu estou a fim de fazer, sem me preocupar se vão ou não entender. É claro que vários recortes sociais (ou perfis de consumo) vão ler as minhas coisas e reagir de forma diferente. Mas, como disse antes, tento não me preocupar com isso. Agora, é claro que sendo um picaretinha publicando tira na internet e não um roteirista da Globo, pra mim fica muito mais fácil assumir essa postura. Quanto à sua segunda pergunta, não sei. Como falei na resposta anterior, não faço as tiras com endereço certo.

Philippe Campos: O humor nem sempre parece que é algo feito para rir. As tirinhas do Charlie Hebdo, me parecem, não eram nenhum pouco engraças, não imagino alguém rindo daquilo, parecia algo feito pra “causar” e o humor passava ao largo. Aqui no Brasil parece ter uma categoria de “cartunistas militantes” que fazem uma tirinha com a insinuação de humor, mas na verdade é mais pra expôr um raciocínio ou uma ironia “lacradora”. Um argumento comum nas tuas tirinhas, me parece, é a ridicularização de uma classe média esclarecida, mas não parece se endereçar a um observador de fora, mas a essa própria classe média, um bagulho autoirônico. Como você diferencia, se é que diferencia essas nuances numa peça de humor?

Ricardo Coimbra: É como falei antes, faço as tiras como se fosse pra mim mesmo (ou, no máximo, pros meus amigos). E não é nem só por uma questão de “umbiguismo”, é o método de trabalho que consegui desenvolver, dentro do qual acho que consigo funcionar melhor. Talvez seja uma limitação. Então, sim, se estou fazendo pra mim mesmo e eu sou da classe média, acho que estou falando pra classe média. E, sendo da classe média e falando mal da classe média, sim, acho que tem uma dose de autoironia nisso aí. Na real, se você for ver direito, tudo aquilo que eu ironizo nas tirinhas sou eu mesmo de alguma forma. Eu falo dos tiozões de encontro de moto, que são bancários pacatos num mundo escapista de Led Zepellin e Deep Purple onde eles são motoqueiros selvagens, mas eu mesmo sou um cara bem inofensivo e apaixonado em Led Zepellin e Deep Purple por motivos não muito diferentes dos eles. Falo dos sonhos pequenos e bobos da classe média, de pagar as continhas e dormir tranquilo e são esses meus sonhos também. Falo do pessoal de alargador de orelha repetindo comportamento padrão e se achando muito subversivo e, no fim, é como se eu estivesse falando pra uma versão adolescente de mim mesmo. E, claro, falo da classe média supostamente ilustrada, que é um dos meios onde eu habito. Porque tem um jeito de falar da classe média como se ela fosse só a avó ou o tio reacionário, mas nunca nós mesmos. Quanto a primeira parte da sua pergunta, concordo com você. Não acho que humor precisa necessariamente fazer rir. Humor pode ir desde aquilo que causa a gargalhada, ou o que causa riso amarelo de constrangimento, ou o que é uma observação pitoresca sobre um assunto qualquer, ou uma crítica social, até uma piada meramente de provocação. São muitas possibilidades. No meu trabalho, o que eu procuro fazer é criar um espaço que funcione como uma crônica, onde eu possa falar de qualquer assunto. Nem sempre procuro efeito cômico. Às vezes meu quadrinho é só o registro de uma neurastenia minha, ou uma observação amarga, eventualmente alguma coisa até tristonha. Confesso que tendo a levar sempre pro lado da galhofa, mas muitas vezes falho de forma embaraçosa e em outras abro mão totalmente do humor. Eu gosto de trabalhar com essa liberdade. Eu sinto que isso ajuda a criar o elemento-surpresa, que é tão importante pro humor: às vezes, você tá esperando a piada e ela simplesmente não vem. Aí você desencana, ela aparece e morde sua bunda.

Coimbra II

Philippe Campos: Tem uns humoristas hoje que pagam o preço pelas piadas, (num outro sentido) têm as bundas mordidas pelas piadas que fazem; às vezes avaliadas como piadas de extremo mal gosto. Entretanto, ao mesmo tempo ganham um público exatamente por fazer essas piadas; e mais ainda, ganham um público de haters que acabam publicizando esse humor ou a piada. – Um bagulho doido, de um duplo aspecto da audiência, de haters e de entusiastas. Como você vê esse aspecto, agora não do consumo do humor, mas do “anticonsumo” do humor, ou de um “anti-público alvo”?

Ricardo Coimbra: Sempre que me perguntam sobre esse assunto, sou sempre obrigado a falar sobre o bode que eu sempre tive dessa bobajada que a esquerda inventou pra tentar controlar e instrumentalizar o discurso humorístico, essa coisa de “ah, mas o humor tem que atacar o status quo”. Não que a proposição não seja verdadeira. Ela só não é verdadeira do jeito que a esquerda gostaria. Porque, quando ela prega que o humor tem que atacar status quo, ela já está definindo pra você quem é esse status quo, entende? E quando você vem dizer pras pessoas de quem elas deveriam ou não rir, o que é ou não aceitável ou de bom-gosto, você se torna também status quo, portanto, alvo da piada, percebe? É da natureza do humor, que é uma linguagem dinâmica e volátil, não adianta você querer controlar ele para os seus propósitos porque o que define socialmente o que é engraçado muda de forma muito imprevisível. Por que a gente faz piada com pais, professores, amigos certinhos, polícia, políticos, carolas? Porque são instâncias repressoras num certo sentido, instâncias que vivem de dar sermão. E, se surge uma nova instância de sermão, vira piada também. Ninguém gosta de sermão. Acho que muito do que se define, por exemplo, como humor negro ou humor politicamente incorreto não mira exatamente em minorias, mas nas pessoas que gostam de posar de defensores de minorias, entende? O alvo é, em última análise, a hipersensibilidade progressista afetada. Não preciso dizer que é uma isca que esses progressistas antipiada continuam mordendo, virando personal haters de humoristas e ajudando a divulgar o trabalho deles. E aí é cada um jogando pra sua torcida. O progressista ganha ponto com outros progressistas que pensam como ele e, ao mesmo tempo, joga no colo do humorista outras pessoas que também se divertem vendo gente que gosta de dar sermão perdendo a linha. A verdade é que a esquerda, que em tese deveria ser mais afeita à esculhambação, perdeu totalmente a capacidade de lidar com o humor.

Philippe Campos: Parece que o sujeito faz uma piada pra inspirar o ódio, a “hateridade” no outro, é um sujeito que não quer ser amiguinho daquele outro, o que já seria querer demais, mas, não quer nem deixar aquele outro que ele odeia em paz… Há uma dependência flagrante das duas peças cotrárias nesse jogo – o Freud chamava isso de narcisismo das pequenas diferenças, é tipo o conceito que explica porque que nós odiamos os argentinos e não os polinésios –, o nosso inimigo tem que reponder à nossa provocação, tem que jogar o jogo. Na contramão dessa treta, o teu humor segue uma linha mais autoirônica, essa dinâmica autoirônica dá uma certa blindada em você contra os haters ou você acaba tendo um público assim também? E, você acima esboçou algo sobre a “hiper sensibilidade progressista afetada”, poderia desenvolver mais esse ponto?

Ricardo Coimbra: Eu acho que a autoironia dá uma amortecida, sim. Porque é sempre uma tarefa difícil atacar uma pessoa que já se destrói de forma competente. Mas isso não impede que os haters continuem vindo. E pelos motivos mais variados. Porque o hater é sempre proativo, né? Ele não pode perder oportunidade de odiar. É meio engraçado imaginar que uma pessoa possa perder o tempo da vida dela odiando uma figura insignificante que faz tirinha na internet. Mas, sim, acontece. E não acho bonito ficar falando que é imã de hater. No meio do humor tem sempre essa coisa meio bocó de comemorar número de haters, “se estou incomodando os idiotas é porque estou no caminho certo, o ódio dessas pessoas me fortalece” Só que é aquilo que eu falei lá no começo: as pessoas sempre gostam das coisas pelos motivos errados. E, se gostam pelos motivos errados, também odeiam pelos motivos errados. Então, eu não levo isso muito em conta, vejo só pelo lado cômico mesmo. Quanto ao que você perguntou sobre a “hipersensibilidade progressista afetada”, me refiro a isso que eu costumo chamar também de humanismo de fachada, que é sobre essas pessoas que, mais do que defender as causas certas, precisam afirmar o tempo todo que estão defendendo as causas certas. Isso sempre existiu, mas tomou outra proporção com rede social, onde a pessoa passa a ter uma imagem pública, institucional, quase uma marca, onde ela precisa dar chilique o tempo todo pra deixar claro que defende a tolerância, a diversidade, a sustentabilidade, a alteridade, a empatia, etc. Não tem nada a ver com convicção política, é só paixão identitária. Da mesma forma que abraça a esquerda, poderia ser skate, maconha, punk rock, grupo de fã de Star Trek, galera do jiu-jitsu. É isso que eu chamo de progressismo afetado que, de certa forma, alimenta o humor mais agressivo. É como você disse, eles precisam um do outro.

Philippe Campos: O Freud dizia que psicanálise trocaria uma miséria neurótica a uma infelicidade banal. Existe um engajamento quanto a uma causa ou Ideal no seu trabalho (ou da sua parte), ou, trata-se de aceitar a vida na banalidade dela (com doses sarcásticas), sem cair nessa armadilha do ativismo, do ativismo sempre inócuo ou espetacular? Ou ainda, como o Bruno Maron descreveu, sua prátca, constitui-se de um “um niilismo de alta voltagem”?

Ricardo Coimbra: Minha cabeça já há algum tempo anda bastante confusa. Eu tenho certeza sobre cada vez menos coisas. Eu fiquei velho e não só não aprendi nada, como as coisas que eu achei que sabia acabei descobrindo que estavam completamente equivocadas. Ou não eram tão simples quanto eu pensava. Quando você me pergunta sobre causas ou ideais, eu não consigo ter esse direcionamento obstinado do ativista por isso: eu não tenho certeza se as coisas são como eu acho que elas são. Então, mesmo com minha já comprovada falta de sutileza, o que eu tento é fazer meu trabalho seguir mais na direção da ambiguidade, de uma área de incerteza, mais nebulosa. Pode soar cínico pra alguém que procura uma arte engajada ou coisa do tipo, mas é a única maneira que eu consigo fazer sem me sentir mais farsante do que já sou.

Os franceses têm um ditado, rir dos outros para rir de si mesmo, na mesma medida, os ingleses têm outro, rir de si mesmo para rir dos outros, o trabalho de Coimbra perambula entre esses dois polos. A referência a si aparece no outro, pois é de um universo esclarecido, frequentemente de esquerda, do que se trata, universo esse do qual o autor faz parte. E a referência ao outro se deposita no si do autor, o cartunista, embora faça chacota do bestiário contemporâneo, os ativistas sociais cheios de boas opiniões, se assume como não muito melhor que eles, talvez “menos farsante”. O humor nada sutil de Coimbra intenta jogar com ambiguidades, de modo que o original ou ridículo aparecem como o que são, original ou ridículo, por isso, talvez, mais original do que ridículo.

Coimbra III


*Philippe Campos é psicólogo mestrando em teoria psicanalítica na UFRJ e membro do CEII – Círculo de Estudos da Ideia e da Ideologia.

**Ricardo Coimbra é natural de Recreio (MG), cursou jornalismo em Juiz de Fora (MG) e reside atualmente em São Paulo. Desde 2009 publica suas tirinhas no blog “Vida e Obra de Mim Mesmo”.

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