O estudo da ideologia e a filosofia da linguagem

Por Valentin Voloshinov, traduzido por Daniel Fabre.

Valentin Voloshinov foi um filosofo da linguagem russo, da primeira metade do século XX. No presente excerto, extraído da obra O Signo Ideológico e a Filosofia da Linguagem, o renomado discípulo de Mikhail Bakhtin aborda o problema do signo ideológico, tendo em vista a relação entre o marxismo e a filosofia da linguagem. Na obra, considerada por muitos como de autoria do próprio Bakhtin, são analisadas as implicações da palavra e da ideologia sobre a consciência individual, ancorando-se nos preceitos da crítica da economia política. A palavra, segundo o autor, é “o signo ideológico por excelência.”


Os problemas da filosofia da linguagem adquiriram nos últimos tempos excepcional relevância  e importância para o marxismo. Além da ampla gama de setores importantes abarcados em seu avanço científico, o método marxista aborda diretamente esses problemas e não pode avançar produtivamente sem uma disposição especial para os investigar e resolver.

Em primeiro lugar, os verdadeiros fundamentos de uma teoria marxista das ideologias – as bases para os estudos do conhecimento científico, da literatura, religião, ética, etc – estão intimamente ligados aos problemas da filosofia da linguagem.

Um produto ideológico não só constitui uma parte de uma realidade (natural ou social) como qualquer corpo físico, qualquer instrumento de produção ou produto para o consumo, mas também, em contraste com estes outros fenômenos, reflete e refrata outra realidade exterior a ele. Tudo que é ideologia possui significado: representa, figura ou simboliza algo que está fora dele. Em outras palavras, é um signo. Sem signos, não há ideologia. Um corpo físico é igual a si mesmo, por assim dizer; não significa nada, apenas coincide totalmente com sua dada natureza particular. Neste caso, não há nenhum problema de ideologia.

No entanto, um corpo físico pode ser visto como uma imagem; por exemplo, a imagem de inércia natural e de necessidade encarnada nesse objeto particular. Qualquer imagem artístico-simbólica originada por um objeto físico particular já é um produto ideológico. O objeto físico se converte em signo. Sem deixar de ser uma parte da realidade material, esse objeto, até certo ponto, reflete e refrata outra realidade.

O mesmo se aplica a qualquer instrumento de produção. Uma ferramenta por si só é desprovida de significado especial; domina só uma função determinada: servir para este ou aquele propósito. A ferramenta serve a este propósito como o dado objeto particular que é, sem refletir ou representar nenhuma outra. Mas uma ferramenta pode se tornar um signo ideológico, como, por exemplo, o martelo e a foice que constituem a insignia da União Soviética. Neste caso, a foice e o martelo possuem um significado puramente ideológico. Além disso, um instrumento de produção pode ser decorado ideologicamente. As ferramentas usadas pelo homem pré-histórico estão cobertas de pinturas ou desenhos, ou seja, com signos. É claro que este tratamento não converte em signo uma ferramenta.

Também possível realçar esteticamente uma ferramenta, de tal modo que o seu desenho artístico se harmonize com a finalidade para a qual se destina na produção. Neste caso, se efetua algo como uma aproximação máxima, quase uma fusão de signo e ferramenta. Mas mesmo aqui detectamos uma clara linha divisória conceptual: a ferramenta, como tal, não se torna um signo; o signo, como tal, não se torna um instrumento de produção.

Qualquer bem de consumo pode se tornar um signo ideológico. Por exemplo, o pão e o vinho são símbolos religiosos no sacramento cristão da comunhão. Os bens de consumo, bem como as ferramentas, podem se combinar com signos ideológicos, mas a combinação não apaga a clara linha divisória conceitual entre eles. O pão é feito com uma forma particular; esta forma, não é garantida apenas pela função do pão como um bem de consumo; também tem um valor determinado, ainda que primitivo, como signo ideológico (por exemplo, o pão com forma de um número oito [/crencfe/] ou de roseta).

Assim, em paralelo aos fenômenos naturais, aos equipamentos técnicos e aos bens de consumo, existe um mundo especial: o mundo dos signos.

Os signos também são objetos materiais particulares; e, como vimos, qualquer objeto da natureza, da tecnologia ou do consumo pode ser um signo, adquirindo no processo um significado que vai além de sua particularidade específica. Um signo não existe simplesmente como uma parte da realidade, senão que reflete e refrata uma outra realidade. Portanto, ele pode distorcer essa realidade ou lhe ser fiel, ou percebê-la a partir de um ponto de vista especial, etc. Cada signo esta sujeito aos critérios de avaliação ideológica (se é verdadeiro ou falso, correto, justo, bom, etc). O domínio da ideologia coincide com o domínio dos signos. Eles são equivalentes entre si. Onde quer que um signo esteja presente também está a ideologia. Tudo que é ideológico possui um valor semiótico.

No domínio dos signos – na esfera ideológica – existem profundas diferenças: é, no fim das contas, o domínio da imagem artística, do símbolo religioso, da fórmula científica, dos processos judiciais, etc. Cada campo da criatividade ideológica tem sua própria maneira de se orientar na realidade e cada campo refrata a realidade à sua maneira. Cada campo domina seu próprio papel especial dentro da unidade da vida social. Mas o que coloca todos os fenômenos ideológicos sob a mesma definição é o seu caráter semiótico.

Todo signo ideológico não é apenas um reflexo, uma sombra, da realidade, mas também um segmento material dessa mesma realidade. Todo fenômeno que funciona como um signo ideológico tem algum tipo de corporificação material, seja em som, massa física, cor, movimentos corporais, ou algo semelhante. Neste sentido, a realidade do signo é totalmente objetiva e se presta a um método de estudo objetivo, monístico, unitário. Um signo é um fenômeno do mundo exterior. Tanto o signo em si como todos seus efeitos (todas essas ações, reações e novos signos produzidos no ambiente social circundante) ocorrem na experiência exterior.

Este é um ponto de extrema importância, e entretanto, por mais elementar e evidente que pareça, o estudo das ideologias ainda não obteve todas as conclusões que derivam daí.

A filosofia idealista da cultura is estudos culturais psicológicos colocam a ideologia na consciência.[1] Afirmam que a ideologia é um fato da consciência; o corpo externo do signo não é mais que um revestimento, um meio técnico para a realização do efeito interno, que é a compreensão.

Tanto o idealismo como o psicologismo ignoraram igualmente o fato de que a compreensão só pode produzir-se em um material semiótico (por exemplo, a fala interna), que o signo se dirige ao signo, que a própria consciência pode surgir e chegar a constituir um fato possível somente na concreção material dos signos. A compreensão de um signo é, no fim, um ato de referência entre o signo apreendido e outros signos já conhecidos; em outras palavras, a compreensão é uma resposta a um signo com signos. E essa cadeia de criatividade e compreensão ideológicas, que passa de um signo a outro e, em seguida, para um novo signo, é perfeitamente consistente e contínua: de um elo de natureza semiótica (e, portanto, também de natureza material) avançamos ininterruptamente a outro elo exatamente da mesma natureza. E não há nenhuma ruptura na cadeia, em nenhum momento se funde no ser interior, de natureza não material e não corporificado em signos.

Esta corrente ideológica se estende de consciência individual a consciência individual, conectando uns com os outros. Os signos surgem apenas no processo de interação entre uma consciência individual e outra. E a mesma consciência individual está cheia de signos. A consciência é consciência apenas quando é preenchida com conteúdo ideológico (semiótico), e, portanto, apenas no processo de interação social.

Apesar das profundas diferenças metodológicas que existem entre eles, a filosofia idealista da cultura e os estudos culturais psicológicos cometem o mesmo erro fundamental. Ao localizar a ideologia na consciência, transformam o estudo das ideologias em um estudo da consciência e suas leis; não importa se fazem em termos empírico-lógicos ou transcendentais. Este erro é responsável não só pela confusão metodológica sobre a inter-relação de diferentes campos do conhecimento, mas também por uma distorção radical da realidade em estudo. A criatividade ideológica – fato social e material – fica restringida ao âmbito da consciência individual e esta, por sua vez, privada de qualquer base na realidade. Torna-se um ‘tudo ou nada’.

Para o idealismo se tornou tudo: está localizada acima da existência e a determina. No entanto, na realidade, esta soberana do universo não é mais que a hipostasia no idealismo de um vinculo abstrato entre as formas e categorias mais gerais da criatividade ideológica.

Para o positivismo psicológico, pelo contrário, a consciência é inútil: não é nada mais do que um conglomerado de reações psico-fisiológicas fortuitas que, por algum milagre, dá por resultado criatividade ideológica unificada e significativa.

A regularidade social objetiva da criatividade ideológica, por ter sido erroneamente interpretada como uma adaptação às leis da consciência individual, perde o direito a seu verdadeiro lugar na existência, e, então ou se eleva ao empirismo supra-existencial do transcendentalismo ou se rebaixa para as profundezas pré-sociais do organismo biológico, psicofísico.

No entanto, a ideologia, como tal, não pode ser explicada em termos dessas raízes super ou sub-humanas. Seu verdadeiro lugar na existência está na matéria social especifica dos signos criados pelo homem. Sua especificidade consiste precisamente na sua localização entre indivíduos organizados, para os quais constitui o meio de comunicação.

Os signos só podem aparecer em território interindividual. É um território que não pode ser chamado de “natural” no sentido direto da palavra.[2] Os signos não aparecem entre dois membros quaisquer da espécie Homo Sapiens. É essencial que os dois indivíduos estejam organizados socialmente, que componham um grupo (uma unidade social); só então pode tomar forma entre eles o meio dos signos. A consciência individual não só não pode ser usada para explicar nada, senão que, pelo contrário, ela mesma tem de ser explicada a partir do ambiente ideológico e social.

A consciência individual é um fato ideológico-social. Até que se admita isso com todas suas consequências, não será possível construir nem uma psicologia objetiva e nem um estudo objetivo das ideologias.

O problema da consciência, precisamente, criou as maiores dificuldades e provocou uma tremenda confusão em todas as questões relacionadas tanto com a psicologia como com o estudo das ideologias. No geral, a consciência se tornou o asylum ignorantiae de todas as especulações filosóficas. Está condenada a ser o receptáculo de todos os problemas não resolvidos, de todos os restos objetivamente irredutíveis. Em vez de tratar de encontrar uma definição objetiva da consciência, os pensadores começaram a usá-la como um meio de dar um carater subjetivo e fluido a todas as definições que eram de objetivas e rigorosas.

A única definição objetiva possível da consciência é sociológica. A consciência não pode ser derivada diretamente da natureza, de acordo com as tentativas do materialismo mecanicista ingênuo e da psicologia objetiva contemporânea (em suas variedades biológicas, comportamentais e reflexologia). A ideologia não pode ser derivada da consciência, segundo o entendimento do idealismo e do positivismo psicológico. A consciência toma forma e vida na matéria dos signos criados por um grupo organizado no processo de intercâmbio social. A consciência individual se alimenta de signos; daí obtém seu crescimento; reflete sua lógica e suas leis. A lógica da consciência é a lógica da comunicação ideológica, da interação semiótica de um grupo social. Se privamos a consciência de seu conteúdo semiótico, ideológico, não sobraria absolutamente nada. A consciência só pode se hospedar na imagem, na palavra, no gesto significativo, etc. Fora deste material, resta o puro ato fisiológico não iluminado pela consciência, sem que os signos os tenham dado luz, sem que os tenham dado significado.

Tudo isso leva à seguinte conclusão metodológica: o estudo das ideologias não depende em absoluto da psicologia e não precisa ser baseado nela. Como veremos mais detalhadamente em um capítulo posterior, isso acontece quase no sentido inverso: a psicologia objetiva deve se fundar no estudo das ideologias. A realidade dos fenômenos ideológicos é a realidade objetiva dos signos sociais. As leis desta realidade são as leis da comunicação semiótica e são diretamente determinada pelo conjunto total das leis econômicas e sociais. A realidade ideológica é a superestrutura imediata das bases econômicas. A consciência individual não é a arquiteta da superestrutura ideológica, mas apenas um inquilino que se aloja no edifício social signos ideológicos.

Nosso argumento inicial, que libertou os fenômenos ideológicos e sua regularidade da consciência individual, os enlaça firmemente com as condições e as formas de comunicação social. A realidade do signo está totalmente determinada por essa comunicação. Afinal de contas, a existência do signo não é senão a materialização dessa comunicação e dessa natureza, que são todos signos ideológicos.

Mas esta qualidade semiótica e o rol contínuo e abrangente da comunicação social como um fator condicionante em nenhum lugar aparecem expressos tão claramente e tão plenamente como na linguagem. A palavra é o fenômeno ideológico por excelência.

A realidade da palavra é completamente absorvida por sua função de signo. Uma palavra não contém nada que seja indiferente a esta função, nada que não tenha sido engendrado por ela. Uma palavra é o meio mais puro e sensível da comunicação social.

Este poder indicador e representativo da da palavra como fenômeno ideológico, assim como a excepcional especificidade da sua estrutura semiótica, constituiriam já razões suficientes para colocar a palavra em uma posição privilegiada no estudo das ideologias. Precisamente a palavra apresenta a matéria mais reveladora das formas ideológicas gerais e básicas da comunicação semiótica.

Mas isso não é tudo. A palavra não é apenas o signo mais puro e de maior poder indicador, senão que além de tudo é também um signo neutro. Qualquer outra classe de materiais semióticos se especializa em algum campo determinado da criatividade ideológica. Cada campo tem seu próprio material ideológico e formula signos e símbolos que são específicos e não são aplicáveis a outros campos. Nestes casos, o signo é criado por alguma função ideológica especifica e permanece inseparável desta. Pelo contrário, a palavra é neutra com respeito a qualquer função ideológica específica. Pode desempenhar funções ideológicas de qualquer tipo: científicas, estéticas, éticas, religiosas.

Há também aquela imensa área da comunicação ideológica que não pode ser restrita a nenhuma esfera ideológica em particular: a área de comunicação na vida humana, o comportamento humano. Este tipo de comunicação é extraordinariamente rico e importante. Por um lado, está diretamente ligado ao processo de produção; por outro lado, refere-se tangencialmente às esferas  das diversas ideologias especializadas e totalmente desenvolvidas. No próximo capítulo, vamos discutir em mais detalhes esta área especial da ideologia do comportamento ou a vida. Por agora, podemos constatar que a comunicação a respeito da conduta é fundamentalmente a palavra. A chamada linguagem comunicacional e suas formas estão localizadas aqui na área ideológica do comportamento.

Outra propriedade da palavra que é de extrema importância é a que faz da palavra o meio primário da consciência individual. Ainda que a realidade da palavra, como a de qualquer signo, se dá entre os indivíduos, ao mesmo tempo a palavra é produzida pelos meios próprios do organismo individual sem: recorrer a nenhum outro elemento ou material extracorpóreo.

Isso determina o rol da palavra como material semiótico da vida interior, da consciência (linguagem interna). É certo que a consciência só pode se desenvolver graças a disposição de material dócil, expresso por meios corpóreos. E a palavra é exatamente este tipo de material. A palavra pode ser utilizada como o signo para uso interno, por assim dizer: pode funcionar como signo em um estado que não chega a expressão externa. Por esta razão, o problema da consciência individual como palavra interna (tal como o signo interno em geral) resulta em um dos mais importantes na filosofia da linguagem.

Fica claro, a partir de qualquer ponto de vista, que este problema não pode ser resolvido recorrendo ao conceito usual de palavra e linguagem já esgotado na linguística não-sociológica e na filosofia da linguagem. O que é necessário é uma análise profunda e apurada da palavra como signo social antes que se possa entender a sua função como meio de consciência.

A este papel exclusivo da palavra como meio de consciência se deve o fato de que a palavra funcione como ingrediente essencial que acompanha toda classe de criatividade ideológica. A palavra acompanha e comenta todos e cada um dos atos ideológicos. O processo de compreensão de qualquer fenômeno ideológico (seja um quadro, uma faixa de música, um ritual ou um ato de comportamento humano) não pode ser operado sem a participação da linguagem interna. Todas as manifestações da criatividade ideológica – todos os outros signos não verbais – estão imersos, suspensos nos elementos da linguagem e não podem ser totalmente segregados ou divorciados deles.

Isso não significa, é claro, que a palavra possa substituir qualquer outro signo ideológico. Nenhum dos signos ideológicos específicos fundamentais é substituível na íntegra por palavras. É essencialmente impossível traduzir com precisão em palavras uma composição musical ou uma imagem pictoresca. As palavras não podem substituir completamente um ritual religioso e não há nenhum substituto verbal adequado nem para o mais simples gesto de comportamento humano. Negar isto conduziria ao racionalismo mais simplista e trivial, mas, no entanto, ao mesmo tempo, cada um destes signos ideológicos, ainda que não seja substituível por palavras, se apoia em palavras e é acompanhado por elas, como no caso do canto e de seu acompanhamento musical.

Nenhum signo cultural, uma vez que recebeu o significado e que foi incluído nele, permanece isolado: se faz parte da unidade da consciência verbalmente constituída. Esta tem capacidade para achar o acesso verbal ao signo. É como se formassem ondas radiantes de respostas e ressonâncias verbais em torno de cada signo ideológico. Cada refração ideológica de uma existência em processo de geração, independentemente da natureza do seu material significante, é acompanhada por uma refração ideológica na palavra como concomitante obrigatório. A palavra está presente em cada um dos atos de compreensão e em cada um dos atos de interpretação.

Todas as propriedades da palavra que examinamos – sua pureza semiótica, sua neutralidade ideológica, a sua participação no comportamento comunicativo, sua habilidade de se tornar palavra interna e, enfim, sua presença obrigatória, como fenômeno concomitante, em todo ato consciente -, todas estas propriedades fazem da palavra o objeto fundamental do estudo das ideologias. As leis da refração ideológica da existência nos signos e consciência, suas formas e mecanismos devem ser estudadas em antes de tudo na matéria da palavra. A única maneira possível de aplicar o método sociológico marxista às profundezas e sutilezas das estruturas ideológicas “imanentes” é operar a partir da base da filosofia da linguagem como signo ideológico. E essa base deve ser aprovada e elaborada pelo próprio marxismo.

 
[1] Devemos assinalar que se pode detectar uma mudança de perspectiva a este respeito no moderno neo-kantismo. Pensamos no último livro de Ernst Cassirer, Phllosophie der sym-bolischen form, vol. 1, 1923. Mantendo-se no terreno da consciência, Cassirer considera que seu rasgo dominante é a representação. Cada elemento da consciência representa algo que cumpre uma função simbólica. O todo existe em suas partes, mas determinada parte só pode ser compreendida no todo. De acordo com Cassirer, uma ideia é tão sensorial quanto material; tal sensorialidade, no entanto, é a do signo simbólico, é sensorialidade representativa.

[2] Obviamente que a sociedade é também parte da natureza, mas uma parte qualitativamente distinta e separada e que possui seus próprios sistemas específicos de leis.

  

O presente excerto foi extraído de: VOLOSHINOV, Valetin. El signo ideológico y la filosofia del lenguage. Ed. Nueva Visión. Buenos Aires: 1976. p. 19-28

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