Os comunistas e os gilets jaunes – um diálogo histórico

Mouvement Communiste de France, via Faire Vivre le PCF, traduzido por Ana Sophia Brioschi

Há décadas, os movimentos sociais se deparam com um capitalismo revanchista e agressivo, que destrói sistematicamente todas as conquistas sociais. A perspectiva política de mudança social recuou profundamente perante a longa crise de alternância esquerda-direita, perante as práticas do liberalismo no governo da Union de la gauche[1] e, paralelamente, o enfraquecimento e transformação socialdemocrata do PCF. Há anos, os comunistas externos ao PCF e os nele organizados, procuram o caminho de uma reconstrução comunista, capaz de retomar o caminho para uma sociedade socialista.


A eleição de Macron em 2017 parece ter agravado uma correlação de forças difícil. Neste contexto, o movimento dos gilets jaunes é um evento histórico, uma reação popular de massas que inquietou a burguesia, abalando poderes e mídias, culminando na indução do MEDEF[2] a pedir às grandes empresas que “soltem as rédeas”.

Este movimento fez explodir este novo mundo, que não se baseia no velho projeto político do chamado “centro”, de integrar e educar as classes médias às custas das classes populares e de um mundo do trabalho marginalizado. É precisamente a expressão da ira de inúmeros trabalhadores e membros das classes médias que se submetem, progressivamente, à precarização, e questionam os fundamentos sociológicos e políticos na base do projeto macronista, que é, em si, a culminância de inúmeras tentativas anteriores, como a alternância da direita e dos socialistas no poder.

As organizações que assinam este manifesto convocam todos os comunistas a agir, sem dar tréguas, com e entre os gilets jaunes, avivando um diálogo fraternal com este movimento, um diálogo histórico para a capacidade do nosso povo de resistir, se unir e buscar a conquista dos seus direitos, rumo à construção de uma outra sociedade: o socialismo, primeira etapa do comunismo.

O movimento dos gilets jaunes

Este movimento nasceu de uma reação às pseudo “taxas ecológicas”[3], cujo impacto sobre os trabalhadores assalariados, especialmente das regiões periurbanas, catalisou uma ira social de origem mais aprofundada. É um movimento heterogêneo, que se revela profundo e durável. É capaz de mobilizar trabalhadores sem qualquer histórico de participação sindical ou política, além de sindicalistas inativos ou ativos nos sindicatos, os artesãos e o pequeno patronato, desempregados, precarizados, enorme contingente de mulheres, muitos aposentados afligidos pela pauperização do encarecimento da vida. O poder de consumo (aumento dos salários, pensões e subsídios para os desempregados, prestações por invalidez e os mínimos sociais) é o motor deste movimento, que tenta obscurecer e interferir em debates midiáticos desenvolvidos para reconstruir o consenso, atualmente fragmentado, sobre as reformas, cujos únicos beneficiários são, todavia, os ricos.

Muitas forças políticas procuraram estar presentes neste movimento, em busca de talvez exercer influência sobre suas reivindicações, ou sobre suas formas de ação. Os progressistas, as forças antiliberais, os sindicalistas e os comunistas foram hesitantes sobre a natureza de classe desta luta social, enquanto muitos outros, pelo contrário, imediatamente a acolheram.

Endossando a propaganda macronista, as grandes mídias dos 9 bilionários magnatas da imprensa veicularam informações contraditórias e até mesmo provocadoras sobre o movimento.

Constatando, no início de dezembro, que a determinação dos gilets jaunes, bem como seu apoio popular, não retrocederam, a imprensa tentou abandoná-los, sem questionar o teor das reformas, utilizando a heterogeneidade dos movimentos para se aproximar dos moderados. Mas o movimento não se deixou fragmentar, e a ira continuou no início de 2019.

Para refazer o consenso, o grande poder foi forçado a mobilizar todos seus meios num grande debate, que é, na realidade, uma grande fachada. O futuro deste movimento, como os problemas políticos e sociais que trouxe à tona, permanecem totalmente em aberto, mesmo que atualmente haja esforços para reprimir cegamente e demonizar os gilets jaunes, identificando-os com movimentos de extrema direita racistas ou antissemitas.

Luta de classes na França

Como em 1848, em 1871, 1936 ou 1968, as declarações das elites traduzem o temor da burguesia. Citemos o “filósofo” Luc Ferry, autor do seguinte chamado à matança, tipicamente fascista, externando o racismo de classe: “Que eles usem suas armas de uma vez por todas” contra “esses bandidos, extremistas de direita ou esquerda, que vêm dos subúrbios para bater em policiais”, ou seus comentários a um artigo do jornal Le Monde sobre umafamília” de gilets jaunes. Escreveu ele: “ A verdadeira miséria não seria, em certos casos, mais cultural que financeira? ”, “O problema patológico dos pobres: sua capacidade de viver além de seus meios”, “Não pense em fazer pesquisadores, engenheiros ou criadores. Essas quatro crianças serão como seus pais: um fardo para a sociedade”, “Mas o que eles esperam do Presidente da República, que ele vai todos os dias a Sens para se certificar de que Jéssica tomou a pílula? ”.

A violência de classe de uma certa burguesia arrogante, que deprecia o povo, confirma até que ponto o movimento dos gilets jaunes possui conteúdo de classe, mesmo que seus atores não estejam conscientes disso.

Independentemente de sua espontaneidade, após décadas de erros em face à ofensiva liberal e eurocrática para maximizar o lucro capitalista a nível de União Europeia, o movimento dos gilets jaunes traz para a pauta do dia as ocupações das praças, as variadas mobilizações semanais e eventos nas grandes cidades nos fins de semana. Seus setores mais avançados aceitam a ajuda dos sindicalistas de classe, e até mesmo convocam o bloqueio da economia capitalista para vencer Macron, cuja demissão é exigida por centenas de milhares de manifestantes, que desafiam os obstáculos e alçam-se a lugares de poder.

Se neste movimento existem elementos reacionários, mesmo fascistizantes, imediatamente capturados pela mídia para tentar desqualificá-lo, ele também mostra, através de suas reivindicações, sua capacidade de evitar armadilhas de divisões sexistas e racistas, conjugando tais demandas com pautas econômicas prioritárias e democráticas, bem como com demandas ecológicas internacionalistas.

O movimento dos gilets jaunes se destaca, de fato, por desafiar décadas de dominação ideológica e política da socialdemocracia liberal e da euro formatação ideológica que enfraquece as direções de organizações políticas, sindicais e associativas do movimento dos trabalhadores, que obtiveram, pela direção de movimentos comunistas que nos antecederam, todas as conquistas sociais e democráticas em 1936, 45, 68.

Tudo confirma, para centenas de milhares de franceses, que o movimento dos gilets jaunes é uma aprendizagem acelerada das lutas de classes e é, também, um aprendizado para todos os comunistas que buscam reconstruir um partido comunista revolucionário.

Duas questões apresentadas aos comunistas

Os trabalhos práticos das lutas esclarecem as questões postas na atualidade aos comunistas sobre seu projeto e sua estratégia revolucionária

1) A organização comunista e a manifestação popular

Nós herdamos uma longa história de lutas sociais, anticoloniais, políticas, que forjaram organizações de massa, sindicatos, associações, movimentos culturais, nas quais os comunistas desempenharam um papel de decisiva importância.

Na maioria das vezes, uma greve foi organizada com o sindicato, em particular a CGT, ações de solidariedade com a SPF[4], a defesa dos locatários com a CNL[5], ações antirracistas com o MRAP[6] e até mesmo atividades de lazer eram marcadas pelo turismo social, trabalho e cultura, para não mencionar os municípios do Cinturão Vermelho[7]… A grande maioria de nosso povo estava ligado às organizações que criaram a unidade popular e a perspectiva da emancipação social e política.

A verdade é que hoje, como consequência da falência do reformismo da Union de la Gauche e do direcionamento de seus Estados-maiores tradicionais ao princípio da “construção europeia”, apesar da vitória do NÃO em 2015[8], a grande maioria do nosso povo não tem relação com organizações progressistas, o mundo do trabalho é um deserto sindical, a vida associativa é fortemente enfraquecida e reduzida ao corporativismo. Além disso, a guerra ideológica intensa por décadas contra o socialismo histórico e contra as ideias comunistas e a auto fobia comunista que marcou fortemente o PCF, destruiu os pontos de referência que ajudam a ira social a se expressar numa perspectiva revolucionária.

Nestas condições, as lutas de classes não podem deixar de expressar as contradições do povo, o nível de consciência de classe e de experiência de organização. Não podemos nos surpreender com a heterogeneidade dos gilets jaunes, as dificuldades de organização das ações que expressam publicamente. Pelo contrário, é necessário constatar que, apesar de suas falhas, o movimento dos gilets jaunes abalou a vida política, interrompeu o “diálogo social”, preocupando a burguesia como nenhum movimento o fez em décadas!

Os comunistas devem respeitar fraternalmente aqueles que estão lutando, e agir para ajuda-los a progredir, para que avance a unidade do povo, seu nível de consciência, sua organização própria, independente da mídia e das instituições. Longe de pedir às forças em ascensão para se associarem a eles, os comunistas devem ajuda-las a encontrar seu próprio caminho na luta de classes. Devem aparecer, na ação e no debate político, como os mais úteis às vitórias populares, para fortalecerem-se em ação. Sem deixarem de trabalhar sobre si mesmos e suas relações com o povo, para reconquistar seu papel de vanguarda, é a concepção do movimento popular que os comunistas devem manter para abrir o caminho para a alternativa revolucionária e para a reconstrução comunista, necessária ao movimento operário e popular.

2) A violência e a correlação de forças

O poder cruzou novos limites na repressão de um movimento social: prisões preventivas, uso de gases tóxicos, manejo de multidões. As práticas que apareceram na repressão às lutas contra as novas leis trabalhistas foram banalizadas, e novas leis fortalecem o Poder Executivo na repressão de manifestações, com a lei anti-casseurs[9],  liberticida. Há, até o momento, um total de 12 mortos e milhares de feridos, com os olhos, dedos ou mãos amputadas.

É possível constatar que a violência é usada pelo poder para dividir, reprimir e isolar as forças em luta. É necessário condenar a repressão que atinge os militantes, bem como a prisão de sindicalistas e comunistas. É também indispensável denunciar os grupos de “baderneiros infiltrados”, que jogam o jogo do poder repressivo e liberticida de Macron, provocando brigas, expondo os manifestantes à repressão policial e, em última análise, impedem a massificação de mobilizações.

No entanto, a questão da violência não se limita à repressão ou às provocações. Décadas de manifestações sindicais “clássicas”, não parecem ter alcançado mais que uma legitimidade midiática, apoio nas pesquisas, e se traduzido eleitoralmente, estando longe de um enfrentamento contra o poder para reivindicar verdadeiras negociações. Os militantes fizeram hábito das reuniões onde se encontram entre conhecidos, com pouca iniciativa individual e coletiva, deixando de lado, frequentemente, a busca de sua expressão coletiva e de massas.

As formas de ação dos gilets jaunes buscam, pelo contrário, demonstrar sua determinação de se contrapor ao poder. O bloqueio de praças e de plataformas logísticas estratégicas obtiveram, realmente, impacto econômico concreto sobre o poder. Se sabemos que a greve, especialmente a greve geral, é o caminho mais seguro para fazer os patrões perderem dinheiro, devemos reconhecer que os gilets jaunes tiveram impacto significativo na economia, particularmente na esfera da distribuição. Não se deve opor, mas combinar todas as formas de ação de massas que permitam o combate à classe dominante, “tudo ao mesmo tempo”.

Construir a imprevisibilidade da expressão da ira popular, mobilizações fora do cretinismo legalista impotente, mantendo o curso da ação de massas, e a criatividade das massas em ação, todas as coisas que produzem a força impulsiva dos comunistas estão em curso de descoberta pela luta dos gilets jaunes. Portanto, é fundamental que a junção se opere com as lutas de classe nas fábricas, nas empresas, nos locais de trabalho, para parar e quebrar a ofensiva eurocrata liberal, social e democraticamente devastadora.

Os comunistas devem ajudar a introduzir as dimensões de imprevisibilidade radical da ação, que traduzam a determinação do movimento, para restringir a capacidade do poder de calar as reivindicações populares por negociações.

Como mostrar a determinação individual e coletiva na ação? Como agir pesando os reais interesses econômicos do poder de classe, e não para tentar obter um apoio midiático ilusório? Como fazer de uma manifestação não violenta a expressão real de uma correlação de forças? A resposta está, principalmente, nos “atos” atuais, e certamente no importante papel da greve, a ação que mais prejudica a burguesia, pois permite a ocupação do local de trabalho, lugar primeiro da luta de classes. Por isso, para que haja massificação das greves, é necessário divulgar a ideia de uma grande manifestação combativa em Paris, não mais nas grandes avenidas, mas na Champs Elysées, convocando os trabalhadores a compor a greve e as ações, conjunta e simultaneamente.

Como não se deixar envolver nos confrontos com a polícia, que não produzem resultados efetivos e são imediatamente instrumentalizados pela mídia? Como massificar os “atos”, fazendo o apoio e solidariedade passarem do passivo ao ativo? Certas formas ilegais de atuar, como a ocupação de lugares públicos e o bloqueio de atividades, são necessárias. As manifestações só podem ser eficazes se isolarem as categorias mais abastadas e seus representantes. Por um lado, os slogans gauchistas que confundem a “polícia”, instituição repressiva a serviço do Estado classista, e “policiais”, são um contrassenso total, uma vez que os policiais sofrem enquanto assalariados. Diferentemente, é necessário procurar dividir as forças repressivas, atraindo sua parcela que apenas é executora, denunciando fortemente os setores abertamente fascistas e até extremistas do aparelho repressivo. A recusa em retirar de serviço a maior parte dos recrutas no dia 17, é um impulso poderoso para a correlação de forças.

Essa necessidade de organizar e liderar o confronto com o poder é o filtro pelo qual os comunistas consideram este grande debate, que direciona as discussões para um compromisso ilusório com o poder. Enquanto os gilets jaunes procuram formas de ruptura através da democracia direta, pela exigência de depor Macron, pela recusa do falso diálogo social, pela recusa do reconhecimento das exposições falseadas do movimento, o grande debate macronista é uma armadilha por meio da qual o chefe do executivo deseja dividir o povo, atraindo uma parte do movimento, objetivando, até mesmo, a realização de um referendo falso (talvez no mesmo dia do referendo europeu!), sobre as contrarreformas que Macron já desenhou no escopo de sua carta para o povo francês.

Já é tempo!

“Quem espera por uma revolução social ‘pura’ não viverá nunca tempo suficiente para ver isso. Ele é apenas um revolucionário em palavras, que não entende nada sobre uma revolução. (…) A revolução … não pode ser outra coisa que a explosão da luta de massas dos oprimidos e insatisfeitos de todos os tipos. Elementos da pequena burguesia e operários conservadores, ​​participarão inevitavelmente: sem essa participação, a luta de massas não é possível, nenhuma revolução é possível. Inevitavelmente, eles trarão para o movimento sua preconceitos, suas fantasias reacionárias, suas fraquezas e seus erros. Mas objetivamente, eles vão enfrentar o capital, e a vanguarda consciente da revolução, o proletariado avançado, expressará a verdade de uma luta de massa diferente, discordante e diversificada, à primeira vista sem unidade, podendo unir e guiar, conquistar o poder, se apropriar dos bancos, expropriar os odiados por todos (ainda que por diferentes razões) e concretizar outra medidas … todas elas resultarão na derrubada da burguesia e da vitória do socialismo “(Lenin, revisão de uma discussão, volume 22).

Porque expressa toda a vida política e social, o movimento dos gilets jaunes é um ponto de apoio fantástico para os ideais comunistas sobre a oposição irreconciliável entre Capital e Trabalho, sobre a natureza inescapável da luta de classes entre a burguesia (os ricos) e os proletários (os trabalhadores), sobre a natureza imperialista da União Europeia do capital, finalmente ouvida por milhões de pessoas, sobre a necessidade de um partido comunista e um sindicalismo de classe no nosso país! Nossos argumentos, nossos panfletos, nossos slogans são muitas vezes ignorados pelas massas, por razões práticas, mas também, ideológicas. No entanto, a consciência das desigualdades sociais, da responsabilidade do capitalismo e sua violência, continua viva em nosso país. No entanto, é só na ação que o povo abre seus olhos e ouvidos, e que pode aprender o que nenhuma mídia explica, mas que a sua experiência prática o leva a pensar, por si mesmo. As ideias revolucionárias vivem nos movimentos.

Esta é a aposta do diálogo entre os comunistas e os gilets jaunes! Um diálogo histórico tanto para o futuro dos movimentos sociais, quanto para a reconstrução comunista.


[1]A Union de la gauche foi uma aliança eleitoral realizada entre o Parti Socialiste (PS), o Mouvement des radicaux de gauche (MRG) e o Parti Communiste Français (PCF), de 1972 a 1977, que culminou com a eleição de François Miterrand em 1981 como presidente da França, primeiro presidente do Parti Socialiste a tornar-se presidente do país.

[2] Mouvement des entreprises de France (MEDEF), é a maior federação patronal da França, criada em 1998.

[3] Em 2014, o governo francês implementou impostos sobre produtos como carbono e gás para automóveis, com previsão de reajuste anual. A finalidade desses impostos seria estimular o mercado a se adaptar a criar produtos que consumissem menos combustível e produzissem menos CO², tornando a França um país menos poluente.

[4] Secours Populaire Français (SPF), é uma associação francesa sem fins lucrativos, que se baseia na Declaração Universal dos Direitos Humanos, dando suporte a vítimas de injustiça social, de calamidades naturais, da miséria, fome e dos conflitos armados nos países subdesenvolvidos.

[5] Association de Consommateurs (CNL), é uma grande associação francesa de defesa dos interesses de locatários, consumidores, que promove ações para discutir políticas de habitação, urbanismo e educação popular, dentre outros temas.

[6] Mouvement contre le racisme et pour l’amitié entre les peuples (MRAP), movimento antirracista francês, criado logo após o fim da Segunda Guerra Mundial.

[7] A expressão “Cinturão Vermelho” é utilizada para designar o conjunto de cidades que tiveram os cargos de prefeitura ocupados pelos comunistas (especialmente os do PCF), desde os anos de 1920.

[8] Acredito que o PCF se refere à vitória do NÃO na Grécia, em 2015, quando foi feito plebiscito pelo partido governante, o Syriza, para que o país não se submetesse às exigências dos órgãos internacionais para negociar a dívida do país. A campanha pelo SIM poderia significar que o país seria expulso da zona do euro.

[9] A lei anti-casseurs foi aprovada pelo Parlamento Francês durante as manifestações dos gilets jaunes, a fim de facilitar a repressão aos manifestantes, e “garantir a ordem pública”, considerando toda pessoa presente nas manifestações uma ameaça à ordem pública.


* Este texto é uma declaração conjunta do Mouvement Communiste de France (Association Nationale des Communistes, Faire Vivre et Renforcer le PCF, Parti Communiste Révolutionnaire de France, Pôle de Renaissance Communiste en France, Rassemblement Communiste, Polex, JRCF et CISC)

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