Manifesto pela filosofia (1 e 2), por Alain Badiou

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Separados por 20 anos, o Manifesto pela Filosofia (1989) e o Segundo Manifesto pela Filosofia (2009) respondem, cada um à sua forma, a duas “crises” da filosofia: a sua extinção e seu excesso, respectivamente.

No primeiro Manifesto, combatendo aqueles que proclamavam o fim da filosofia, Badiou busca devolver ao pensamento filosófico a legitimidade de sua aspiração à verdade. Badiou se subtrai à temática desse suposto fim da filosofia, defendendo, pelo contrário, sua continuação – uma continuação que implica um passo a mais em sua configuração inaugural, formulada por Platão. Para Badiou, a filosofia é fundamentalmente marcada por acontecimentos e por verdades que lhe são externos: que provém dos procedimentos da arte, da política, da ciência e do amor. Através da apreensão dos acontecimentos desses procedimentos (o fim da Era dos Poetas nas artes; os “acontecimentos obscuros” de Maio de 68 na política; a teoria dos conjuntos na ciência e a psicanálise no amor) a filosofia poderia encontrar uma nova forma de configurar a relação entre Ser, Verdade e Sujeito – um nó que orienta qualquer pensamento filosófico à altura de seu tempo.

Mas vinte anos depois dessa ameaça de aniquilação, a filosofia encontrava-se na situação diametralmente oposta: sua artificialidade. A “filosofia” está em toda parte! Ela serve como marca registrada para vários especialistas da mídia. Tem suas revistas e seus gurus. É universalmente invocada por todos, desde os bancos aos conselhos de Estado, a pronunciar-se sobre a ética, a lei e o dever. Em essência, a “filosofia” passou a representar nada mais do que seu inimigo mais antigo: a ética conservadora. O segundo manifesto de Badiou, portanto, procurou desmoralizar a filosofia e separá-la de todas aquelas “filosofias” que são tão servis quanto onipresentes. Demonstra, destrinchando uma lógica da existência e aparência, o poder da Ideia para iluminar a ação e, como tal, transportar a filosofia para muito além da figura do “humano” e de seus “direitos”. Ali, muito além de todo moralismo, na clara extensão da ideia, a vida torna-se algo então radicalmente diferente da sobrevivência – uma vida verdadeira.

Duas obras indispensáveis para a introdução à filosofia de Alain Badiou, finalmente reunidas e disponíveis em português.

 


Autor: Alain Badiou
Tradução: Daniel Alves, Rodrigo Gonsalves
Organização: Rodrigo Gonsalves, Daniel Alves
Revisão: Daniel Alves, Frederico Lyra de Carvalho, Giovana Aranda Silva, Germano Nogueira, Rodrigo Gonsalves, 
Número de páginas:
216 páginas
Edição: 2022
Capa: Bruno Santana

Descrição

Separados por 20 anos, o Manifesto pela Filosofia (1989) e o Segundo Manifesto pela Filosofia (2009) respondem, cada um à sua forma, a duas “crises” da filosofia: a sua extinção e seu excesso, respectivamente.

No primeiro Manifesto, combatendo aqueles que proclamavam o fim da filosofia, Badiou busca devolver ao pensamento filosófico a legitimidade de sua aspiração à verdade. Badiou se subtrai à temática desse suposto fim da filosofia, defendendo, pelo contrário, sua continuação – uma continuação que implica um passo a mais em sua configuração inaugural, formulada por Platão. Para Badiou, a filosofia é fundamentalmente marcada por acontecimentos e por verdades que lhe são externos: que provém dos procedimentos da arte, da política, da ciência e do amor. Através da apreensão dos acontecimentos desses procedimentos (o fim da Era dos Poetas nas artes; os “acontecimentos obscuros” de Maio de 68 na política; a teoria dos conjuntos na ciência e a psicanálise no amor) a filosofia poderia encontrar uma nova forma de configurar a relação entre Ser, Verdade e Sujeito – um nó que orienta qualquer pensamento filosófico à altura de seu tempo.

Mas vinte anos depois dessa ameaça de aniquilação, a filosofia encontrava-se na situação diametralmente oposta: sua artificialidade. A “filosofia” está em toda parte! Ela serve como marca registrada para vários especialistas da mídia. Tem suas revistas e seus gurus. É universalmente invocada por todos, desde os bancos aos conselhos de Estado, a pronunciar-se sobre a ética, a lei e o dever. Em essência, a “filosofia” passou a representar nada mais do que seu inimigo mais antigo: a ética conservadora. O segundo manifesto de Badiou, portanto, procurou desmoralizar a filosofia e separá-la de todas aquelas “filosofias” que são tão servis quanto onipresentes. Demonstra, destrinchando uma lógica da existência e aparência, o poder da Ideia para iluminar a ação e, como tal, transportar a filosofia para muito além da figura do “humano” e de seus “direitos”. Ali, muito além de todo moralismo, na clara extensão da ideia, a vida torna-se algo então radicalmente diferente da sobrevivência – uma vida verdadeira.

Duas obras indispensáveis para a introdução à filosofia de Alain Badiou, finalmente reunidas e disponíveis em português.


Autor: Alain Badiou
Tradução: Daniel Alves, Rodrigo Gonsalves
Organização: Rodrigo Gonsalves, Daniel Alves
Revisão: Daniel Alves, Frederico Lyra de Carvalho, Giovana Aranda Silva, Germano Nogueira, Rodrigo Gonsalves, 
Número de páginas:
216 páginas
Edição: 2022
Capa: Bruno Santana

Informação adicional

Peso 0.510 kg
Dimensões 14 × 21 cm

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