Uma conversa entre Inês Maia e Douglas Rodrigues Barros

Transcrito por Daniel Fabre

Este texto, que agora você lê, foi de uma conversa gravada secretamente, isto é, sem que os dois envolvidos no diálogo soubessem. Depois foi transcrito, editado por mim e revisto tantas vezes pelas duas pessoas envolvidas que se perdeu a coloquialidade do diálogo. Posteriormente, deram aval para a publicação. Havia mais gente na noite, mas, por razões explicitas, resolvi ocultar alguns nomes.

Inês, pseudônimo de uma pessoa desconhecida, sentou-se ao lado de Douglas e daí iniciou-se a conversa que consegui gravar num ponto em que as coisas já estavam mais quentes. Nós aqui do LavraPalavra sempre quisemos promover um encontro entre os dois, acreditando que teriam figurinhas para trocarem. Só que esse encontro, no entanto, se deu de maneira espontânea na saída do último aniversário de Marx, promovido pela editora Boitempo, quando algumas pessoas foram conversar no vale da Santa Cecília.


Inês – O que eles querem é identitarizar o capitalismo… Aliás, elas nem falam em capital. Aí como a gente fica?… você dá uma identidade ao capital que pode ser disputada, o capital some das vistas e a luta anticapitalista também. O problema vai para a suposta cor que detém o capital. Ai! Ai! ai!… Já vimos esse filme antes. Vira uma disputa que não se trata de contrapor ao processo, mas de disputar espaço no interior do processo mesmo.

Claro! É mais fácil, você junta um bando de seguidores porque é mais fácil falar da cor do capitalista do que do processo de produção e reprodução do capital que é muito mais sútil e fundamental. O que elas fazem? Não falam nada sobre capital, capitalistas, elite econômica, talvez porque perderão o financiamento, já pensou um anticapitalista aparecer na Globo?

E qual o preço disso? O esquecimento total da história intelectual negra do último período de revolta anticolonial. As políticas radicais da década de 60 foram reformuladas em nome do identitarismo. Uma ação de controle do establishment que quer apagar tudo o que aconteceu. Agora é tudo “Black Power” e, primeiro, esquece-se da grande diversidade das tradições que surgiram naquele período; segundo, abstraem esse período de insurreição do seu contexto internacional e; por fim, separam o particular do universal, a resistência nacional da resistência global. As teorias racialistas lidas agora por boa parte da juventude tem sido a morte da solidariedade. A imaginação política da galera regrediu.

De repente, a própria Angela Davis nem é anticapitalista pra esse povo! – risos altos – Esse discurso casa bastante com os anseios liberais porque acredita, assim como os liberais, que se você se esforçar terá seu lugar ao sol. Se você é preto, e retiraram seu lugar ao sol por causa de sua cor, basta então tornar visível para eles o racismo que lhes cabe. Basta dizer, “Ei! Capitalista, amiguinho, olha pra sua cor, e agora olha quantos negros tem capital ou estão em posição de destaque na sua sociedade, você é um racista!”

A colonização é moralizada, não se trata mais de um projeto de domínio pela exploração econômica que visava acabar com recursos para transferir para metrópole, é só um processo de maldade espiritual do colono que se contrapõe a moral liberal.

Não é à toa, que os maiores interessados nesses líderes da representatividade sejam os que apostam no liberalismo. Ganha-se presente de Macron aqui, viaja para OEA ali, são financiados pela OpenSociety acolá!  Por moralizar a colonização, como é que elas chamam?… Ah! Sim! Sim! Ato performático. Colocam o gesto performático como uma mera lição que será dada para Avon… atenção futuros empreendedores hoje falaremos em: “como não ser racista!” É miserável!

Falam de racismo estrutural, mas individualizam o racismo como se fosse algo moral de uma pessoa doente. Não que um racista não seja uma pessoa doente, mas eu quero saber o que gera a doença e não só tratar do doente!

Daí para os linchamentos virtuais e o processo catártico de punição é um passo, sem contar a essencialização da raça, a adoração do negro como o selvagem de Rousseau. Acho até que você fala disso no livro quando demonstra que Fanon dizia que é tão racista o que despreza o negro pela sua cor quanto aquele que o adora pelo mesmo motivo… nada mais bonito, não é? “Se cada um de nós, nos conscientizarmos do mal que fazemos ao outro ao perpetuar ações, pensamentos e falas racistas iremos ter um mundo melhor”. We are the world!

Mas que merda é essa? O racismo nas ex-colônias fundamentou o processo de produção e reprodução do capital. Se são os negros daqui hoje, amanhã serão os refugiados do Haiti, que aliás no movimento negro hegemônico nunca cruzaram o batente, se não são os negros do Haiti, serão os bolivianos e assim o capital segue criando seu exército de homens e mulheres supérfluos. Olha hoje pra África do Sul… uma elite econômica filha da puta! Saiu os capitalistas brancos, entraram os capitalistas negros e a miséria dos trabalhadores continua!

Douglas – Tá certo, Inês! Concordo com sua crítica em muitos aspectos, mas, sinceramente acredito que escapam alguns detalhes importantes e olha só: não estou defendendo o movimento negro hegemônico. Aliás, você leu o livro, sabe bem disso…

Meu livro tinha como objetivo tratar quatro coisas importantes para tentar combater essa hegemonia da direita no interior do movimento negro: primeiro, eu quis demonstrar como a noção de raça não é só uma camisa de força de controle pela desigualdade inerente ao capital, como também, que não é algo consistente em nível global; não se trata do mesmo negro, que se identifica simplesmente pelo suposto sangue, mas das experiências coloniais que foram determinantes e contrastantes entre si. Diferenciando o negro do sul do negro do norte e ambos do negro da África. Enfim, é nisso que consiste a ideia de abstração racial que eu invoco pensando em Marx. Uma abstração de característica que produz realidades múltiplas.

Segundo, quis argumentar ainda que a negritude não é uma categoria estável e que o processo de violência colonial não foi necessariamente igual e nem manteve um elo ligado por uma etnia comum; terceiro, quis dizer também que o processo de racismo dirigido aos negros não é uma exceção especial que se diferencia de outras experiências de racismo como as atuais contra os palestinos e os árabes na Europa, ou contra os bolivianos aqui. E, por fim, que a luta contra o racismo pode ser feita por qualquer pessoa.

Todas essas pontuações eram evidentes, antes da nova moda importada dos EUA.

Inês – Eu li seu livro e concordo com os pontos que você traz. São fundamentais para refletir sobre a situação atual. Agora, você se ancora muito no Fanon do “Peles negras” e esquece daquele mais engajado lutando pela libertação da Argélia. É nesse Fanon que encontramos a noção de que o capitalismo é um sistema econômico assentado na exploração e que por sua natureza privada, privatiza a riqueza.

Com isso temos a desigualdade que para se sustentar apoia-se em diversas ferramentas ideológicas como forma de organizar… digo…. melhor!… Racionalizar a desigualdade para dividir uma maioria que precisa se unir! E é claro que você chegou nesse ponto, mas, às vezes acho que deveria ter sido mais direto.

Porque, repare bem, para falar igual ao Jones, a galera precisa saber que o significante racial é um dos vários mecanismos de opressão que servem ao propósito de cerceamento e controle do proletariado. O racismo brasileiro, por exemplo, é de outro corte. É diferente do racismo Norte-Americano. Como deixou evidente Gilberto Freyre, no clássico conservador, é um racismo sútil que funciona inclusive com o pressuposto democrático, quer dizer, democrático-liberal. E sinceramente achei você bonzinho demais! Algumas coisas têm que ser ditas a seco, na lata!… não me olhe descontente – Inês ri.

Você faz um caminho interessante que vai do mais abstrato ao mais concreto. Não poupa o leitor. Isso é bom, numa época em que cada vez mais se infantiliza o leitor, e que as pessoas no geral – e aqui falo especialmente da esquerda – são mimadas e agem como se a teoria fosse uma mercadoria que deve ser comestível, tragável quase um meme; um livro que pegue pesado coloca o debate noutro nível. Agora você foi bonzinho com MNU.[1]

Douglas – Mas, mulher, não se esqueça que o livro é só um esboço. Eu tinha só que demonstrar como eram furados os pressupostos dos negros de direita, ou como chamam agora, os negros da esquerda liberal. Mas veja ao que me parece, eu deixei claro como funciona a ideia racial sob o capitalismo. A desumanização radical dos negros que foram alijados do processo produtivo quando nos tornamos uma república e como isso é parte da dinâmica atual do processo de trabalho, empregabilidade, essas coisas.

Acho que deixo evidente como a marca racial possibilitou uma invisibilização do sofrimento negro e estabeleceu as bases para uma cidadania de terceira classe aqui no Brasil. O que não contavam, porém, é que o processo de miscigenação ao invés de embranquecer o país tornou ele negro e como a dinâmica da classe trabalhadora foi totalmente absorvida pelo componente racial, já que é comprovado que os casamentos interraciais se dão no final da pirâmide social, isto é, entre os mais pobres. O que isso demonstra? É a elite desse país que é profundamente racista. Não que o racismo não seja uma cultura, e faça parte até da cultura popular, mas quem o defendeu a ferro e fogo até pouco tempo atrás foram estes que invisibilizaram os negros.

Não sei se você leu o textinho de Marx falando sobre a revolução americana e os vários processos de luta em seu interior? Bom, sabe que Marx trocava cartas com Lincoln, né!? Foi num desses textos que Marx deixou claro que: “o trabalho não pode se emancipar nas peles brancas nos lugares onde a pele negra continua marcada”, quer dizer Inês eu compreendo sua crítica, mas devemos levar em consideração de que um esboço é uma abertura para uma discussão maior. A meu ver, o estrago que as teorias liberais, supostamente emancipatórias, vem fazendo em nosso meio marca não só nosso colonialismo atual com referência ao império, como ainda é sinal de um atraso radical em relação aos países onde essa discussão já se coloca há algum tempo. Quanto a ser bonzinho com o MNU, bem… acho que tem gente valorosa ali e que não se rende facilmente ao discurso liberal…

Inês – olha só, eu estou de acordo nos pontos que você trouxe. Agora tem pontos frágeis no livro. Por exemplo, a questão da dialética do senhor e escravo como algo distópico. Você utiliza o desdobramento da Fenomenologia do Espírito, na frágil leitura de Butler, para explicar a distopia do processo de trabalho e falar da suposta adoração pelo trabalho do marxismo ortodoxo… no livro você chama de tradicional, mas a mim você não engana. Você está dialogando com o Lukács que foi seu mestre no mestrado, né!?

Douglas – É isso, sim! Mas tem mais coisas…

Inês – Então, sei… mas, deixe-me falar sobre a fragilidade de sua argumentação… você não pode só ver nesse processo, uma matriz coberta pela palavra da alienação. Perai!… que peguei pesado, né!? – Inês coça a cabeça, toma um gole de cerveja e continua:

Vou tentar explicar: na sua argumentação é como se ao trabalhar a consciência do escravo se desenvolvesse como um devir-Outro para voltar a si mesmo e não escapar da lógica Senhor barra Escravo, ou… veja só… você mesmo deixa claro no início que devemos buscar o fim da dialética da Casa Grande barra Senzala, só que depois, ao falar do trabalho você não mantém fidelidade ao projeto inicial.

Vê o trabalhador como um escravo preso à lógica do senhor….

O que você deixa escapar aí é que o processo de trabalho cria um excedente não só na produção, mas na própria sociabilidade que abre a possibilidade de organização do escravo para pôr em xeque o próprio mundo do senhor!

Você sabe que Butler é foucaultiana, né!? E que Foucault não conseguiu escapar a ideia geral de que a opressão gera a resistência porque não conseguia olhar para esse excedente que iria para além da resistência, quer dizer: a possibilidade revolucionária! Daí você, um hegeliano-marxiano de primeira, bruxo de Itaquá, caí num engodo desses? Poxa! Douglas!

Douglas – Eu sabia, Inês! Que uma hora ou outra essa crítica viria. Mas fui fiel a minha formulação e mostrarei pra você. – O rapaz ri seu riso característico e continua. – A questão é a seguinte: você tem toda razão, se ler o que escrevi pela lógica ortodoxa. É claro que o processo histórico é imprevisível, mas a questão do trabalho é que a luta da classe trabalhadora é desaparecer enquanto classe e não criar um mundo do trabalho. A classe se ergue para desaparecer na luta e não para se consolidar. Lutamos contra a sociedade de classes porque as classes são produzidas pela desigualdade. Com a cisão processada na identidade abre-se caminho ao sujeito, e com esse caminho aberto abre-se o caminho para o sujeito político, quer dizer, para a classe como processo de luta, e não limitada a matriz sociologizante. Com o triunfo dos Condenados da Terra não haverá mais condenados! Esse é nosso motor!

Agora, para levar a conversa aonde você levou…Você deve ter se perguntado: “mas por que esse capítulo?”. Vou tentar responder: existem duas formas de se pensar a dialética. A primeira, você já disse: a ideia do escravo que ao trabalhar se desenvolve em seu devir-Outro, para voltar a si mesmo. A segunda, e espero aqui ser o mais simples possível, já que estamos numa mesa de bar, é pensar a dialética como uma operação sobre a cisão: não existe identidade que não esteja dilacerada. Sem a menor chance de repousar sobre si mesma. É quando a identidade se cinde que o sujeito começa a se processar. A questão que o Império não quer, é demonstrar a cisão permanente operada na identidade, pois ela possibilita a emergência do sujeito.

Quer dizer, é quando somos expulsos de qualquer ponto de repouso, sobre a consciência que temos de nós mesmos, que se inicia o dilaceramento e com ele o processo-sujeito, como chama Badiou. O mais desafiador e o verdadeiro exercício de liberdade é se dar conta de que: não precisamos ser quem dizem que somos. Melhor ainda, não somos o Um, somos o dois que se volta para o Um.

O mundo moderno é o mundo do dilaceramento, da cisão entre o Eu e o Mundo e, por isso, é o mundo onde cabe o sujeito. Não que em outras épocas não pudesse ter algo como essa ideia de sujeito, mas sem dúvida é no mundo moderno que ele se desenvolve de maneira radical. Depois a psicanálise vai se debater nisso.

Por que estou dizendo isso? Porque se você me acompanhou quando falo de Fanon quero mostrar como ele mostrou uma espécie de fenomenologia da consciência de ser-negro. Primeiro você não se sabe negro, daí você se descobre negro, geralmente por um processo violento, alguém te grita: NEGRO. Então chega o momento de se afirmar: negro. Isto é, afirmar uma identidade como possibilidade de criação simbólica que possibilita o conhecimento sobre Si. No entanto, tudo que se afirma sobre ser-negro faz parte de um processo histórico. Daí se descobre que o negro não existe senão no processo de violência chamado raça, então aquele processo de identidade simbólica passa a ruir e chegamos à conclusão que para a violência do significante racial deixar de se processar é necessário implodir o espaço sociossimbólico no qual ele foi fundado e se mantém.

Enfim, o próprio capitalismo precisa ser superado por uma nova forma de sociabilidade porque ele se baseia na desigualdade e com ela precisa separar e dividir os povos através das religiões, nacionalidade e da criação contínua das raças.

Inês – Pois é, você é certeiro neste ponto… Agora não entendo porque você passa um pano para a galera que para naquele ponto… como você disse mesmo?… poxa, foi até bonito!… Ah! Sim! Afirmar uma identidade como possibilidade de criação simbólica?

Douglas – Eu não passo pano! – Ri e bebe cerveja – só que são passos constitutivos, ilusões necessárias para que a gente comece a se ver como sujeitos do processo. Olha só, do ponto de vista prático, se não fosse essas afirmações iludidas sobre a identidade, não estaríamos hoje discutindo sobre a questão racial.

Aliás, é inegável como os trabalhadores em alguns lugares passaram a se ver como negros. Anda hoje no Itaim Paulista! Você vai ver as minas afirmando sua negritude. Tendo orgulho em meter um cabelo Black. É claro que aqui temos aquela besteirada de representatividade que é ideológico, mas pensemos para além dela!

Não se trata de representatividade mas sim de se reconhecer como um ser invisibilizado, nadificado mesmo. E quando isso se dá, minha amiga… quando um ser-nada afirma sua existência, ele pode ser tudo. É a velha verdade da Internacional! Se nada somos, sejamos tudo!

Veja só, isso abriu possibilidades dos negros se verem como frutos históricos violentados pela ideia de raça. Se me afirmo como um negro estou mais perto de entender como o processo racial foi desenvolvido para nos controlar e nos submeter a fim de gerar riqueza privada de uma classe. E como é o próprio processo de desigualdade social necessária do capital que gera as questões de violência racial.

Uma palestina não é menos negra que você! Esse afinal é o devir negro do mundo, a tentativa de criar um mundo em que relações de semi-escravidão e morte dos supérfluos seja algo naturalizado.

Inês – Estou de acordo que esse passo seja fundamental, mas essa turma não quer dar esse passo decisivo. Você nesse ponto é muito ingênuo. Você sabe que eles preferem ficar em sua posição de acomodação, de representantes autonomeados dos negros de um modo geral e abstrato no qual o fator epidérmico é mais decisivo do que a condição histórico-social. E dai meu filho… é claro que não se interessam e nem tem o interesse dos trabalhadores.

Douglas – Talvez, eu seja mesmo ingênuo, mas acompanho a militância, e acredito ainda na disputa dos rumos do movimento. Mas, é óbvio que se houver um movimento comunista que observe a questão racial, de gênero e de sexualidade como motor subjacente ao modo de produção e reprodução do capital… eu entro”

Inês – Então vamos fundar um! – Inês pega a garrafa e num gesto engraçado com o isqueiro batendo como um sino encerra. – Hoje aniversário de 201 anos de Karl Marx, reunidos nessa mesa de bar, nós fundamos o movimento o Movimento Internacionalista dos Condenados da Terra, o MICT!

Douglas – Saúde! E vida longa ao MICT!


[1] Movimento negro unificado.

Compartilhe:

Posts recentes

Mais lidos

2 comentários em “Uma conversa entre Inês Maia e Douglas Rodrigues Barros”

  1. Que Inês era um pseudônimo, quase todo mundo suspeitava. Agora, que ela pudesse se corporificar na mesa de um bar com outro crítico é algo surpreendente. Seja como for, queridxs compas do Lavra, jamais digam quem é Inês. Porque isso impõe uma crítica ao espetáculo personalista e ao culto liberalóide atual.

    Responder
  2. Bem Douglas parece que vcs estão conversando sobre seu livro “Lugar de Negro, Lugar de Branco? Esboço para uma crítica à metafísica racial”, estou deduzindo a parti do que li do texto e depois busquei nas redes/net algo com seu nome e percebi que, vc e o Jones são amigos e encontrei a divulgação do seu livro. Então não li seu livro, mas estou instigado para lê-lo(tanto pelas questões que vc trata no texto e por referênciar Fanon) por não ter medo em dizer que enxerga pontêncial em alguns movimentos social negro e não desqualificar todos que compõe o MNU(diferente do Jones que bate sem dó no mesmo, até nas nos termos que o movimento usa como abolição incoclusa). Enfin, já li muitos textos da Inês aqui no Lavrapalavra(alguns textos fico bonhadoem alguns termos que parece ser da psicanálise como S/Sujeito) e a impressão que tenho que, Inês é parente do Jones rsrsrsr … Douglas e Inês desculpa, mas existem grupos/coletivos/movimentos comunistas que discutem/disputam o debate da relações raciais, gênero e sexualidade sim!!

    Responder

Deixe um comentário