Contribuições Psicanalíticas a uma Política dos Afetos

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“A psicanálise tem uma potência crítica subversiva, de oposição à subjugação do sujeito. Ao pensar a concepção de identificação ao sintoma, Lacan radicaliza isso: o sintoma não é mais um problema, está próximo de ser uma solução, mas uma solução não-todo, pois mantém a indeterminação do sujeito.

Assim sendo, podemos tomar a psicanálise como um operador crítico sobre as ficções de autonomia, razão e liberdade de nossa própria cultura. Esta é uma práxis que permanece cravada na carne da cultura que gera alienação e reificação. A psicanálise desde sua ideia mais fundamental, pensada a partir da clínica, destaca que há uma produção de adoecimento em nossa cultura que tem em seu núcleo mais elementar e subjacente, as instituições que formam seus sistemas simbólicos. Podemos concluir, através deles, que há produção de patologias e sofrimentos expressos pelos afetos na linguagem.

O presente livro pretende lançar alguns princípios no intuito de contribuir para compreensão dessa relação fundamental que coloca a clínica e política como elementos indissociáveis, extraindo consequências que nos auxiliam a entender a dinâmica afetiva na circulação dos poderes, em nossa época. São textos que recortam afetos presentes em nossa sociedade, a partir do escopo de uma política dos afetos, avançando sobre aspectos de problemáticas presentes no contemporâneo. Longe de esgotar ou fazer um catálogo dos afetos, as escolhas dos temas e dos recortes foram feitas por meio do que cada autor escolheu dar relevo através de suas experiências clínicas e intelectuais.

Assim, estão presentes articulações de aspectos elementares do campo afetivo como identificação, a servidão a sugestão, a Ignorância, o luto, a vergonha, a dádiva, a certeza, a fúria. Aspectos estes, que compõe uma constelação de perspectivas sob as quais podemos relançar questões em nossa cultura.”


Autores: Daniel Coelho, Daniel Omar Perez, David Pavón-Cuellar (em espanhol), Joel Birman, Miriam Debieux Rosa, Míriam Ximenes Pinho, Nora Merlin (em espanhol), Patrícia do Prado Ferreira, Rodrigo Gonsalves, Stelio de Carvalho Neto, Tatiane Andrade
Organização: Ivan Ramos Estevão, Sérgio Eduardo Lima Prudente
Prefácio:
Ivan Ramos Estevão, Sérgio Eduardo Lima Prudente
Revisão: Rodrigo Gonsalves, Adriana Gaião
Número de páginas:
300 páginas
Edição: 2020
Capa: Bruno Santana

Descrição

“A psicanálise tem uma potência crítica subversiva, de oposição à subjugação do sujeito. Ao pensar a concepção de identificação ao sintoma, Lacan radicaliza isso: o sintoma não é mais um problema, está próximo de ser uma solução, mas uma solução não-todo, pois mantém a indeterminação do sujeito.

Assim sendo, podemos tomar a psicanálise como um operador crítico sobre as ficções de autonomia, razão e liberdade de nossa própria cultura. Esta é uma práxis que permanece cravada na carne da cultura que gera alienação e reificação. A psicanálise desde sua ideia mais fundamental, pensada a partir da clínica, destaca que há uma produção de adoecimento em nossa cultura que tem em seu núcleo mais elementar e subjacente, as instituições que formam seus sistemas simbólicos. Podemos concluir, através deles, que há produção de patologias e sofrimentos expressos pelos afetos na linguagem.

O presente livro pretende lançar alguns princípios no intuito de contribuir para compreensão dessa relação fundamental que coloca a clínica e política como elementos indissociáveis, extraindo consequências que nos auxiliam a entender a dinâmica afetiva na circulação dos poderes, em nossa época. São textos que recortam afetos presentes em nossa sociedade, a partir do escopo de uma política dos afetos, avançando sobre aspectos de problemáticas presentes no contemporâneo. Longe de esgotar ou fazer um catálogo dos afetos, as escolhas dos temas e dos recortes foram feitas por meio do que cada autor escolheu dar relevo através de suas experiências clínicas e intelectuais.

Assim, estão presentes articulações de aspectos elementares do campo afetivo como identificação, a servidão a sugestão, a Ignorância, o luto, a vergonha, a dádiva, a certeza, a fúria. Aspectos estes, que compõe uma constelação de perspectivas sob as quais podemos relançar questões em nossa cultura.”


Autores: Daniel Coelho, Daniel Omar Perez, David Pavón-Cuellar (em espanhol), Joel Birman, Miriam Debieux Rosa, Míriam Ximenes Pinho, Nora Merlin (em espanhol), Patrícia do Prado Ferreira, Rodrigo Gonsalves, Stelio de Carvalho Neto, Tatiane Andrade
Organização: Ivan Ramos Estevão, Sérgio Eduardo Lima Prudente
Prefácio:
Ivan Ramos Estevão, Sérgio Eduardo Lima Prudente
Revisão: Rodrigo Gonsalves, Adriana Gaião
Número de páginas:
300 páginas
Edição: 2020
Capa: Bruno Santana

Informação adicional

Peso 0.430 kg
Dimensões 2 × 14 × 21 cm

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