Descrição
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“Como poucos outros ou talvez nenhum outro teórico na história do marxismo, Louis Althusser (1918-1990) propôs uma revolução na leitura de Marx. O marxismo althusseriano teve, por essa razão, de se confrontar com camadas e camadas (idealistas, humanistas, historicistas, teleológicas etc.) de leituras sedimentadas da obra de Marx, expondo, nos ensurdecedores silêncios e nas ofuscantes obscuridades do texto, aquilo que tinha escapado a todas elas, levando às últimas consequências a exigência de radicalidade do próprio Marx – e, não por acaso, atraindo contra Althusser uma verdadeira ‘Santa-Aliança de tudo o que possa existir de ideologia burguesa e socialdemocrata no mundo’. Essa ousada, polêmica e, em certa medida, incompleta empreitada teórica segue atual – porque as tantas camadas confrontadas refluem sobre a obra de Marx e é preciso continuar a transpassá-las – e segue incompleta – porque a ‘luta de classes na teoria’ é, afinal, uma ‘luta sem fim’ contra a ideologia burguesa, repleta de avanços e retrocessos, jamais vencida em definitivo. Impõe-se, portanto, levar essa luta adiante, aprofundá-la, retomá-la, recolocá-la, agudizá-la – e é, antes de tudo, a essa imposição que o presente Vocabulário de Althusser atende. Aqui, apresentamos ao leitor, cobrindo uma lacuna editorial importante, uma alternativa de consulta específica a conceitos centrais da obra de Althusser. Sem a pretensão de esgotar ou de simplificar tais conceitos, abrimos, ao mesmo tempo, as portas para as várias vias possíveis de interconexões, diálogos e confrontamentos conceituais inescapáveis a um campo teórico que precisa seguir em construção. Esperamos, assim, que o leitor receba este Vocabulário como um duplo convite: para adentrar esse campo teórico e para engajar-se na sua construção.” – Celso Kashiura Jr.
“Althusser afirmava que ‘todos nós já lemos Marx’, mas, ainda assim, acreditava que a questão era justamente lê-lo. O ‘paradoxo althusseriano’ baseava-se na posse de ‘conceitos em estado prático’. A existência prática de um conceito pode ser entendida, alternativamente, como sagacidade, e então nos remete ao jogo de imagens, da posição substantiva de um enunciador, cuja confiança é constitutiva de seu fazer; ou como a marca de uma ausência, de uma presença por vir, de um trabalho teórico a ser feito. Este Vocabulário busca retornar a essa operação partindo do pressuposto de que ‘todos nós já lemos Althusser’, o que é justificado pela existência de suas obras e pela influência que elas irradiam, e de que, por isso mesmo, é necessário lê-lo. O objetivo final não é explicitar o que todos os leitores de Althusser já sabem, saberiam ou deveriam saber, mas abrir o jogo da transformação daquilo que, não sendo senão uma eficácia, potência de alguns, mas não de outros, é a promessa de um saber, potência aberta a qualquer-um.” – Pedro Karczmarczyk
Organizadores: Márcio Bilharinho Naves e Pedro Karczmarczyk
Revisão: Gabriel Landi Fazzio
Número de páginas: 470 páginas
Edição: 2025
Capa: Bruno Santana
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